Parte 1/3
Carta da Verdade
De: Ghost Team Sportz
Para: Airsofter
Caro senhor Airsofter, que essa carta qual escrevo pra você, de forma singela e afetuosa, possa ser endereçada ao seu interior e que você possa meditar nessas palavras
Caro Airsofter, você pratica um esporte muito bonito, o Airsoft, é bacana e bem divertido porém de uns idos pra cá houveram algumas más interpretações ou maus entendimentos da coisa.
O Airsoft é um esporte de simulação de guerra (wargame) onde uma equipe luta contra ao outra, você pode joga-lo com seus amigos, pode jogar de forma que simule o mais próximo possível de um combate real, pode jogar avulso, com poucas regras básicas, indispensavelmente mantendo as regras de segurança, e até colecionar.
Você pode se perguntar, isso me faz um soldado? A resposta é não. Mas eu pareço tático, você insiste. Mas a resposta é não. Verdades básicas faltaram no leite que lhe amamentou...
Airsoft pode ser utilizado como ferramenta de treino tático? Sim (diria, deve!) O Airsoft proporciona uma plataforma de treinamento que pode (deve) servir como aprendizado dos fundamentos de manuseio de armas de fogo. Mas você deve estar se perguntando, se pode ser utilizado então isso me faz um operador tático? A resposta mais uma vez é não.
O Airsoft, por ser um wargame, é também uma excelente ferramenta para treinar manobras (apesar de ser extremamente negligenciado nesse aspecto, exceto por equipes muito sérias de MilSim) e movimentações táticas, apesar disso, não te faz um operador tático. Aliás, operador, essa palavra caiu na moda. Operador, originalmente, é a forma como se chama o soldado membro dos Green Berets (Boinas Verdes) e com o passar do tempo foi adotado por todas as unidades que fazem parte do JSOC (Comando de Operações Especiais Conjuntas).
Então, de forma clara, não, você não é um operador, ainda mais quando em muitas vezes você não sabe manipular o seu próprio armamento. Operador é pra quem opera, seja empilhadeira, telemarketing ou no confronto em missões de alto risco. Você joga/pratica um esporte, não o “opera”. É eu sei, é difícil de engolir, mas é a verdade.